Pais, alunos e educadores se sentem “perdidos” e em pânico, por não saber quais notícias são falsas

Por Cléo Ramos

Após a tragédia ocorrida na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada no Vila Sônia, onde um adolescente de 13 anos, matou uma professora e deixou 5 feridos, mais dois casos foram registrados de alunos tentando entrar em escolas com objetos cortantes, em Itapecerica da Serra e Embu das Artes.

Na manhã de hoje (30), um áudio viralizou nas redes sociais, de um suposto atentado na Escola Estadual Edgar Francisco (Taboão da Serra), espalhando rumores de que um aluno estaria portando arma de fogo. Agentes da Polícia Militar e civil, foram ao local e nada foi encontrado.

Em 2019 um aluno de 16 anos ameaçou um massacre na Escola Dr. Reynaldo Do Nascimento Falleiros também localizada em Taboão da Serra. O estudante foi identificado e medidas legais foram tomadas. Esse caso voltou a ser comentado em grande escala, omitindo a data do ocorrido, espalhando medo em pais, alunos e educadores.

Lumena de Jesus é mãe de duas alunas matriculadas na Escola Edgar Francisco e relatou seu medo quando soube do ocorrido, “Eu fiquei com tanto medo que fui buscar as duas na hora da saída e pensei em manter elas em casa, enquanto essa história toda não acabar”, informou.

O atual inspetor regional e ex agente da ROMU, Marcelo Borgatto, falou sobre os perigos de informações errôneas. “É preciso ter cuidado, tem pessoas usando de má fé, para espalhar fakes e isso é preocupante, pois além de atrapalhar todo o trabalho da polícia, ainda está cometendo um crime”, ressaltou.

Borgatto ainda se mostrou preocupado, pois casos verídicos estão acontecendo e com a proliferação das falsas notícias, o trabalho de combate ao verdadeiro crime acabam sendo prejudicados.

O Art. 287-A – Está em tramitação no congresso, onde divulgar informação ou notícia que sabe ser falsa e que possa modificar ou desvirtuar a verdade com relação à saúde, segurança pública, economia ou processo eleitoral ou que afetem interesse público relevante. Pena – detenção, de um a três anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.

Uma resposta

  1. Boa matéria, que esclarece e separa o que é histeria coletiva do que é fato.

    Nos últimos anos houve menos de 30 mortes em ambiente Escolar, enquanto a taxa geral de homicídios no Brasil ultrapassa a marca de 50.000 ao ano, sem contar outras MILHARES de mortes violentas, como em acidentes ou suicídios. Ou seja, o ambiente Escolar é um lugar muito mais seguro do que fora dele.

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